Análise| Divertida Mente

Filme: Divertida Mente
Título Original: Inside Out
Direção: Pete Docter
Gênero: Animação
Ano: 2015
Nota:⭐⭐⭐⭐⭐



   Olá, pessoinhas! Como vocês estão?
   Como eu falei no post anterior, o blog passaria por algumas mudanças, acrescido de  algumas novidades, e cá estamos. Como vocês gostaram das novas inclusões, fiquei muito ansiosa e precisava falar o mais rápido possível sobre alguma coisa voltada para a Psicologia. E lembrei-me logo desse filme que assisti há pouquíssimo tempo, então vamos ao que interessa?  

    Divertida Mente é uma animação lançada pela Pixar, dirigido pelo Pete Docter e para vocês terem uma noção de como tudo foi bem planejado, ele procurou ajuda de neurologistas e psicólogos para escrever o roteiro. Então não se engane pensando que é só mais um filme feito exclusivamente e para crianças. Pelo contrário... Diverta Mente dá show em explicar como funciona algo extremamente importante para nossa vida: a memória. 
O filme conta a história da Rilley, uma menina de 11 anos que tem o que chamamos até então de vida perfeita, até que precisa se mudar para outra cidade, e tudo começa a ficar estranho na vida da garota - o que é esperado para uma menina de 11 anos que deixou a escola, os amigos, o esporte predileto...
Porém, o filme vai além dessas coisas que acontecem no exterior em relação à garota. O foco principal do filme é: Por que essas mudanças sentimentais da garota estão acontecendo? É onde passamos de exterior, para interior. Isso mesmo, o enredo da história se passa tanto fora da garota como dentro de sua cabeça, que desde sempre foi controlado por cinco sentimentos: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho. São eles, os sentimentos personificados, os responsáveis por processar e armazenar as memórias.  

Entendendo isso, vamos voltar para o começo de tudo, desde o nascimento da garota (É assim que começa o filme). É quando ela abre os olhos pela primeira vez que o primeiro sentimento (Alegria)  surge no painel de controle (na mente), tudo isso pelo simples fato de que ela percebe a presença amorosa do pais. Sendo assim, já está bem explícito que as memórias são fixadas pelos sentimentos. E logo depois, se forma a memória base em relação ao amor e carinho.
Daí em diante, até antes da mudança de cidade, a garota é controlada por esses cinco sentimentos que a acompanham durante todo o crescimento, devo ressaltar que é a Alegria que gerencia maior parte de tudo, querendo que a garota tenha uma vida extremamente feliz, sendo assim, ela se encarrega para que a Tristeza não gerencie de forma alguma a vida da menina e nem que toque nas esferas (essas esferas são a personificação das memórias). Se a Tristeza tocar em alguma esfera feliz, automaticamente aquela memória vai se tornar triste e sempre que essa memória for revivida, a menina fica triste. Então é por isso que a Alegria faz de tudo para que a Tristeza esteja o mais longe possível do painel de controle.

Além do filme explicar tão bem esses conceitos iniciais sobre sentimentos e memórias, ele ainda vai além. E é ao ponto onde eu quero chegar.  Quando a memória está carregada de carga afetiva, criam-se as "Ilhas de Personalidade" criadas em momentos considerados importantes da pessoa, o que acaba moldando a personalidade.
As ilhas da Railley são lindas, pois desde sempre se criou memórias bonitas e afins.
É nessa parte que chegamos ao ponto alto do filme, sério!! Com a mudança de cidade e entrando na fase da adolescência, a garota começa sentir coisas novas.  E as mudanças não ocorrem apenas fora, mas também dentro do painel de controle, que nesse momento está uma loucura por causa do "afastamento" da Alegria e da Tristeza. E agora, quem controla a garota? Isso mesmo, o Medo, a Raiva e a Nojinho. Então pense como tudo começa a ficar um caos, como a distancia desses dois sentimentos afetaram em cheio a vida da garota. E acho que é hora de parar de falar sobre o filme... assistam.

Deixando agora a história em si um pouco de lado,é preciso acrescentar que esse filme foi alvo de várias críticas boas, e até algumas negativas. Pois, como as memórias são fixadas pelos sentimentos, é normal que todos gerenciem juntos a vida. É uma crítica sobre como a sociedade impõe que todas as pessoas sejam felizes a todo custo. E é justamente isso que a Alegria faz no filme, ela acha que apenas a felicidade é suficiente para compor a personalidade da menina. Se você assistir ou se já tiver assistido, notará como a Alegria é Alegre demais, e na maioria dos casos não usa da racionalidade, passando de alegria normal para uma alegria fantasiosa. Já a Tristeza age muito com a razão, consegue pensar num momento turbulento, como consegue aproximar as pessoas que estão triste e fazer daquela memória triste, uma memória mista (tanto alegre como triste). Então é normal que passemos por momentos variados, sempre levando em consideração que não existe sentimento melhor ou pior, basta saber usa-lo perante aos desafios. 

Assista ao trailler: 

Essa foi a breve análise do filme, resolvi não aumentar tanto para não ficar um texto cansativo e chato, e também para não dá spoiller porque ninguém merece. Se você já assistiu ao filme, quer acrescentar algo, perguntar... o que for, deixa aqui nos comentários. Espero que vocês tenha gostando. Um cheiro enorme.